Ministro da AGU pede “rigorosa apuração” após morte de Sarah Raíssa

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O ministro da Advocacia-geral da União (AGU), Jorge Messias, se manifestou sobre a morte da criança Sarah Raíssa Pereira de Castro, 8 anos. Messias afirmou que o caso merece “rigorosa apuração”.

Sarah Raíssa morreu no domingo (13/4), três dias após inalar gás de desodorante aerossol graças a um “desafio” que circula nas redes sociais. O ministro Jorge Messias mencionou o caso para ressaltar a “necessidade de um marco normativo eficiente para as redes”.

“É chocante a hipótese de que Sarah, de apenas 8 anos, teria sido estimulada a inalar desodorante em um ‘desafio on-line’”, considera Jorge Messias. O ministro da AGU ressalta a importância de responsabilizar quem cria e quem divulga conteúdos falsos e maliciosos nas redes.

“A catástrofe remarca a essencialidade de termos ferramentas regulatórias para prevenir e responsabilizar, de forma efetiva, os divulgadores de conteúdos falsos/maliciosos nas redes sociais, bem como as Big Techs, quando estas se omitem apenas para transformar desinformação em lucro”, declarou o ministro, que encerrou prestando solidariedade à família de Sarah.

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Sarah morreu aos 8 anos vítima de inalação de gás de desodorante aerossol

Menina inalou o produto após ver uma espécie de trend do TikTok
Familiares e amigos se despediram da garota nesta segunda-feira (14/4)
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Sarah Raíssa Pereira de Castro

Reprodução

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Sarah morreu aos 8 anos vítima de inalação de gás de desodorante aerossol

Reprodução/Redes Sociais

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Menina inalou o produto após ver uma espécie de trend do TikTok

Reprodução/Redes Sociais

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Familiares e amigos se despediram da garota nesta segunda-feira (14/4)

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Sarah Raíssa foi velada no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga

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Izabella Nogueira, professora da Escola Classe 06, já deu aulas para a pequena Sarah

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Pai de Sarah Raíssa, Cássio Maurílio

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Segundo Cássio, Sarah queria ser médica: “Queria salvar vidas”

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Delegado-adjunto da 15ª DP, Walber Lima, investiga o caso


O que aconteceu

  • Sarah Raíssa Pereira de Castro, 8 anos, deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na quinta-feira (10/4), após ter inalado gás de desodorante. A menina foi influenciada por uma trend.
  • Sarah teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada após uma hora de tentativas por parte dos médicos. Ela, no entanto, não respondeu mais a estímulos e teve constatada a morte cerebral nesse domingo (13/4).
  • A menina foi velada nesta segunda-feira (14/4), na presença de familiares, amigos e colegas de escola.
  • Agora, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga como a criança teve acesso ao referido desafio, e os responsáveis pelo “desafio” podem ser responsabilizados. O caso é apurado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).

Mais cedo, o delegado-adjunto da 15ª DP, Walber Lima, afirmou que o inquérito aberto para apurar as circunstâncias da morte busca descobrir como a vítima teve acesso ao conteúdo do desafio, para identificar os responsáveis pela proposta.

“Se ficar comprovado que ela acessou isso, a rede social por meio da qual ela assistiu ao vídeo será oficiada, para que consigamos mais informações acerca do criador das imagens”, afirmou Walber, nesta segunda-feira, na sede da 15ª DP.

“O laudo cadavérico vai nos indicar a causa da morte. O celular da criança foi apreendido, e o laudo pericial demora cerca de 30 dias para ficar pronto. Assim que tivermos essa prova técnica, poderemos avançar nas investigações”, comentou o delegado.

O delegado chamou a atenção pela facilidade com que crianças consomem esse tipo de conteúdo por meio de tecnologia acessível.

Emoção

O velório da menina, realizado nesta segunda-feira (14/4) no cemitério Campo da Esperança, foi marcado por comoção pela perda prematura. Assista:



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