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Um jovem de 24 anos denunciou o cobrador e o motorista da linha 53 da empresa Urbi Mobilidade Urbana por injúria preconceituosa ligada a orientação sexual. O estudante de administração contou que usava uma camiseta do movimento LGBT e ao entrar no coletivo e ouviu uma conversa entre cobrador e motorista sobre homossexuais.

“Não quero falar sobre isso, para mim são todos doentes mentais. Os gays só vão parar com essa safadeza quando a mão de Deus pesar sobre eles”.

A Urbi Mobilidade informou que está esperando maiores informações sobre o caso para averiguar a situação. Em nota, a empresa afirmou que “repudia atitudes e discursos de ódio e intolerância dentro dos ônibus e que o respeito é pauta recorrente nos treinamentos”.

O militante do movimento LGBT filmou com o celular o diálogo entre os funcionários da empresa de ônibus e afirmou ter se sentido ofendido porque sabia que naquele momento era o único homossexual declarado no coletivo.

Estudante segura bandeira do movimento LGBT e mostra no celular vídeo com as ofensas — Foto: TV Globo/Reprodução

“Eu me senti realmente humilhado dentro daquele ônibus. Tive um sentimento de revolta, de querer justiça. É uma coisa inaceitável a gente ser ofendido na rua por pessoas que a gente nem conhece”.

Segundo o estudante, as ofensas não são esporádicas e muitas vezes ele pensa em ficar ‘isolado em casa’. “Dá vontade de não sair na rua, de não ir no supermercado, de não ir trabalhar. Dá vontade de ficar só dentro de casa, isolado. Você pensa que é o câncer do país e não é bem assim”.

Uma pesquisa do Conselho de Direitos Humanos do DF apontou que 51% dos entrevistados homossexuais, transsexuais e transgêneros já sofreram algum tipo de violência física ou verbal nos últimos anos, mas, 87% deles nunca denunciou.

Para o presidente do conselho, Michel Platini, a denúncia feita pelo jovem é importante porque “é pedagógica, emite uma mensagem de esperança para quem sofre discriminação de que esse tipo de violência é inaceitável na sociedade”.



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