Escola faz homenagem para Sarah Raíssa: “Sempre em nossos corações”

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A Escola Classe 06 de Ceilândia realizou, nesta quinta-feira (17/4), uma homenagem para aluna Sarah Raíssa, de 8 anos, que morreu após participar do “desafio do desodorante”, propagado nas redes sociais. Levando balões brancos e cartazes com mensagens de carinho, estudantes, professores e familiares participaram de uma caminhada em memória a garota.

Cássio Maurílio, pai de Sarah Raíssa, descreveu a filha como uma criança carismática, afetuosa e cheia de vida: “Ela era uma menina com grande potencial, carinhosa, de opinião própria. Onde chegava, levava alegria. Não deixava ninguém ficar triste”.


O que se sabe:

  • Sarah Raíssa Pereira de Castro deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na quinta-feira (10/4), após ter inalado gás de desodorante.
  • A menina foi influenciada por uma trend – algo que se tornou popular – em um aplicativo na internet.
  • Sarah teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada após uma hora de tentativas por parte dos médicos. Ela, no entanto, não respondeu mais a estímulos e teve constatada a morte cerebral neste domingo (13/4).
  • Agora, a PCDF investiga como a criança teve acesso ao referido desafio.
  • O delegado-chefe da 15ª DP, João Ataliba Neto, afirma que o responsável pela publicação do desafio poderá responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado (através de meio que pode causar perigo comum e por ter sido praticado contra menor de 14 anos de idade), cuja pena pode alcançar os 30 anos de prisão.

A comunidade escolar também aproveitou o momento para fazer um alerta necessário sobre os riscos da internet, especialmente com crianças e adolescentes. “Temos trabalhado temas como segurança digital e uso responsável da internet em sala de aula. Mas, a partir de agora, essas ações serão intensificadas”, contou a diretora da escola, Maria de Fátima Bezerra.

Veja vídeo da homenagem compartilhado nas redes sociais de familiares:

Orientação

Para o pai da estudante, é importante que famílias e escolas se unam na orientação sobre o uso da internet pelas crianças: “Se a criança quer ver algo, veja junto. Não proíba, oriente. Seja você o filtro da sua criança. Participe das brincadeiras, crie desafios do bem. Porque, muitas vezes, por curiosidade, elas se envolvem com coisas que não entendem – e isso pode ser fatal”.

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Ícaro Henrique/SEEDF

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Ícaro Henrique/SEEDF

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Escola faz homenagem para Sarah Raissa: “Sempre em nossos corações”

Reprodução/Redes Sociais

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Sarah Raíssa Pereira de Castro

Arquivo pessoal/Reprodução

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Sarah Raíssa Pereira de Castro morreu aos 8 anos

Arquivo pessoal/Reprodução

Mesmo antes do triste ocorrido envolvendo Sarah Raíssa, a escola já havia iniciado um projeto pedagógico voltado para a valorização da leitura e o uso consciente da tecnologia. A ação foi retomada com ainda mais propósito após o incidente.

De acordo com a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), em 2024, cerca de 10 mil profissionais da educação participaram de formações voltadas à cultura de paz e à comunicação não violenta. Desses, cinco mil educadores passaram por capacitações específicas sobre bullying e segurança digital.

“A SEEDF orienta sobre a proteção de crianças e adolescentes e reforça a importância da atuação conjunta entre escola, família e sociedade para garantir uma experiência digital mais segura. Recomenda, sempre que possível, evitar o uso de celulares por crianças pequenas, priorizando o convívio, as brincadeiras e o aprendizado”, afirmou a pasta.

*Com informações da Secretaria de Educação do DF.



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