As primeiras 50 bolsas do projeto Conhecer Direito, para estudantes da rede pública do Distrito Federal, foram liberadas nesta segunda-feira (14/4) e já estão disponíveis. A iniciativa, promovida pelas Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e Defensoria Pública da União (DPU), visa preparar intensivamente os alunos para o Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS/UnB). A ação é realizada em parceria com a plataforma educacional Sofista, que oferecerá ao todo mais de 100 bolsas de estudos integrais por meio de instituições parceiras.
Para concorrer, os interessados devem se inscrever no projeto, assistir às aulas dos dois primeiros módulos e emitir os certificados pela plataforma. Também é necessário enviar, até 30 de maio, à Escola de Assistência Jurídica da DPDF (Easjur/DPDF), o comprovante de que estão ou estiveram matriculados no ensino médio público. Um simulado oficial será realizado em junho e definirá a classificação dos candidatos, que determinará a distribuição das bolsas.
Além de beneficiar estudantes da rede pública, o Conhecer Direito será adotado como parte da formação dos estagiários de nível médio da DPDF. A partir de agora, os certificados dos módulos serão exigidos mensalmente, como parte das atividades obrigatórias de formação. A defensoria local pretende, ainda, expandir o alcance do projeto, e já encaminhou convite à Secretaria de Educação do DF para que o inclua no calendário escolar das unidades públicas.
Agora em formato EaD, o conteúdo do Conhecer Direito pode ser acessado pela plataforma da Easjur. O objetivo é romper as barreiras do ensino presencial e democratizar o acesso à educação em direitos. O primeiro módulo apresenta a estrutura da Defensoria Pública e já está disponível para todos os interessados.
Para o defensor público-geral do DF, Celestino Chupel, a iniciativa contribui diretamente para o fortalecimento da cidadania: “Ao promover a educação em direitos, o projeto fortalece a autonomia da população e garante o acesso à informação para os mais vulneráveis”.
Já o diretor da Easjur/DPDF, defensor público Evenin Ávila, destaca o impacto social da proposta: “Formamos uma população mais consciente, preparada para reivindicar seus direitos e prevenir conflitos”.
Juliana de Freitas Galvão, cofundadora da Sofista, reforça o valor da iniciativa. “Como ex-alunos de escolas públicas, sabemos o quanto um projeto como esse pode transformar vidas. Estamos empolgados por ajudar futuros universitários a alcançarem seus sonhos”, conclui.