Idosa de 101 anos sai carregada de prédio que teve energia cortada por fazer “gato” na rede elétrica

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Uma idosa de 101 anos sofre há quase uma semana com a falta de energia no prédio onde mora, o Edifício Pérola, em Vicente Pires.

Sem elevador desde a última sexta-feira (12/4), para sair de casa ela precisa pedir ajuda a vizinhos, que a carregam pelas escadas do residencial.

O corte de energia ocorreu após a Neonergia descobrir que o edifício fez uma ligação clandestina na rede e nunca pagou pela eletricidade consumida no imóvel.

Segundo a concessionária, a situação é configurada como crime. Antes de interromper o fornecimento de energia na última sexta (11/4), a empresa notificou os moradores, na quarta-feira (9/4), de que a eletricidade seria cortada.

Os moradores agora buscam uma solução na Justiça.

Assista ao vídeo abaixo:

Os moradores afirmam que há outros vizinhos que necessitam da energia elétrica para sobreviver. É o caso de uma mulher do oitavo andar que convive com doenças crônicas e depende de medicamentos que necessitam de refrigeração constante.

A Associação de Proprietários do Edifício Pérola buscou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para tentar sanar a questão.

Na segunda-feira (14/4), a 3ª Vara Cível de Águas Claras deu parecer favorável aos moradores.

“Defiro o pedido de tutela de urgência formulado na petição inicial para o fim de determinar à parte ré [a Neoenergia Distribuição Brasília] que promova o restabelecimento do serviço de energia elétrica no condomínio demandante [o Edifício Pérola], no prazo de 24 horas”, determinou a juíza de direito substituta Bruna Araújo Coé Bastos.

A medida fala que, em caso de descumprimento, a Neoenergia será multada diariamente em R$ 500 — o valor da multa não poderá passar de R$ 20 mil.

Apesar da decisão judicial, os moradores seguem sem energia elétrica até a manhã desta quinta-feira (17/4).

O que diz a Neoenergia

Em nota encaminhada no último sábado (13/4), a Neoenergia Distribuição Brasília afirmou que o fornecimento de energia foi interrompido porque o prédio possuía uma ligação clandestina.

“Os moradores foram previamente notificados no último dia 9/4 de que a ligação clandestina seria removida, por se tratar de uma situação irregular e que configura o crime de furto de energia, sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro”, afirmou a pasta em nota.

Ainda no comunicado, a companhia esclarece que poderá restabelecer o fornecimento de energia em caso de autorização judicial — como ocorrido na segunda-feira (14/4).

A Neoenergia foi novamente acionada pelo Metrópoles, nessa quarta-feira (16/4), para informar se religará ou não a luz no prédio. Até a última atualização desta matéria, a pasta não havia retornado. O espaço está aberto.

Errata: A reportagem informou inicialmente que o prédio está sem luz há dois meses. Na verdade, a energia foi cortada na última sexta-feira, 12/4.

 



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